sábado, 24 de março de 2012

Luz de Bateria acesa

Luz de Bateria. É muito comum as pessoas acharem que quanto essa luz acende é por que há defeito na bateria do carro. Mas isso nem sempre é verdade, essa luz esta relacionada ao sistema de carga da bateria.

Quando essa luz acende a bateria não está sendo recarregada.

O motivo pode ser um defeito no alternador, componente responsável por gerar corrente e tensão para a recarga da bateria e para os consumidores de energia elétrica do veículo. Nesse caso o motor continuara funcionando enquanto houver energia armazenada suficiente para manter os componentes eletrônicos, bicos, bomba de combustível e bobinas de ignição.

Quando a "carga" da bateria acabar, o motor parara e o pior não vai mais pegar na partida. E não adiantara ficar dando tranco, pois não haverá energia para os sistemas do motor, pois se o alternador não estiver gerando e não houver nenhuma carga na bateria, nem um tranco em altíssima velocidade fara o motor funcionar. Além do risco de provocar um dano no sincronismo do motor.

E pode ser que a correia auxiliar que gira o alternador tenha quebrado. Nesses casos, em veículos onde a correia gira também a bomba d'água, o aviso no painel ganha muito mais importância.

Portanto, verifique se a correia do alternador do seu carro é também a da bomba d'água se for, quando a luz da bateria acender, verifique se não quebrou a correia, se quebrou estacione em lugar seguro e chame um guincho. Não tente chegar a algum lugar mesmo que seja pertinho, pois o motor poderá ferver e os danos serão grave.

Um abraço.

Castilho
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terça-feira, 20 de março de 2012

Câmbio Automático patinando

Eu recebo várias ligações perguntando sobre câmbio automático que "parou de andar" ou esta patinando. E ao explicar que provavelmente queimou o pacote ou falo sobre algum outro componente, eu sinto que fica uma dúvida grande sobre o que estou falando.



Na foto de um cambio automático desmontado eu coloquei os nomes de alguns componentes mais comuns encontrados na maioria dos câmbios automáticos atuais.

O torque e potencia do motor são transferidos para as rodas através do câmbio automático, então quando existe uma falha o motorista percebe que o motor esta acelerando mas o carro não responde, pode estar havendo uma patinação entre a parte motora e a parte movida dentro do câmbio automático.

A parte motora, (eixo de entrada) esta ligada ao motor através do conversor de torque
(foto ao lado). A parte movida esta ligada as rodas, através do conjunto planetária e diferencial.

O que liga a parte motora com a parte movida são os pacotes de discos, então toda a força do motor passa por estes componentes do câmbio automático.

São pacotes porque são formados por discos de aço, normalmente presos a parte motora e discos de composite, normalmente presos a parte movida, um pistão hidráulico aplica uma força sobre eles unindo-os e forçando que girem igualmente, por atrito.


Quando, a força diminui, por algum motivo, como queda da pressão da bomba por entupimento do filtro de óleo do cambio automático, os discos vão deslizar uns sobre os outros fazendo a temperatura aumentar muito até a queima ou até mesmo o fusão entre eles.

Quando a força aplicada para unir o pacote de discos é zero o câmbio automático para, porém quando essa força existe mas é insuficiente para provocar a transferência de potencia o câmbio automático patina. Patinara até que não haja mais nenhuma condição de atrito entre os discos.


É uma explicação bem simplificada. Câmbio automático é muito mais complexo, mas espero ter ajudado a melhorar a compreensão sobre o assunto.

Um abraço.
Castilho
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A alavanca do câmbio automático

Se a transmissão faz a troca das marchas automaticamente, para que os veículos possuem alavanca com tantas posições?

Câmbio automático

É que cada uma das posições tem uma função, permitindo a utilização do veículo com muita segurança e melhor aproveitamento.


A posição P, de "parking", é usada com o veículo parado, estacionado, deve ser usada sempre que o motorista deixar o veículo em conjunto com o freio de estacionamento (freio de mão). Quando a alavanca esta em P, uma trava mecânica é acionada, impedindo o movimento das rodas. Nessa posição nenhuma marcha esta engatada. O motor pode funcionar normalmente e em situações de reparos dentro da oficina, por exemplo, na injeção eletrônica, é nessa posição que a alavanca deve ficar, para maior segurança.

A posição R, de "reverse", é usada para engatar a ré.

A posição N, de "neutral", é usada em situações em que é necessário que o veículo tenha movimento das rodas e nenhuma marcha esteja engatada, equivale a posição de ponto morto das transmissões manuais. Nessa posição o veículo pode ser rebocado em pequenos percursos, por exemplo para sair de uma garagem e subir puxado para uma plataforma. Nenhum veículo com transmissão automática deve ser rebocado com as rodas de tração no chão, por grandes trajetos, sob risco de estragar a transmissão por falta de lubrificação. Não aconselho rebocar nem quando o motor esta funcionando, situação em que "haveria lubrificação da transmissão" mas como constatar isso?

Nessa posição a alavanca poderá ir para a posição D sem nenhum impedimento, tornando uma posição pouco segura para se deixar o motor funcionado, em serviços de manutenção onde é necessário que o motor funcione, prefira a posição P.

A partida só é permitida nas posições P e N, nessas posições nenhuma marcha esta engatada, na posição P o veículo estará travado e na N solto, por isso atenção para o freio de estacionamento. Em alguns veículos, também é necessário pisar no freio para dar a partida. Em outros, você terá que pisar no freio para tirar a alavanca de P.

Há também uma trava na alavanca, ela pode ser um botão, ou pode ser como a da foto, em forma de recorte, forçando um movimento lateral para movimentar a alavanca. Isso é para aumentar a segurança, impedindo que marchas indesejadas, entrem por descuido.

Posição D, de Drive. Nessa posição a transmissão controlara todas as marchas disponíveis, automaticamente, de acordo com a carga e velocidade imposta ao veículo. Os veículo mais comuns possuem, ainda mais 3 posições de alavanca, porém a tendência é que a seleção manual de marchas seja feita no sistema conhecido como "tiptronic", mas cada montadora tem o seu nome para esse sistema. É mais usado em veículos com mais de 4 marchas, a estratégia é um pouco diferente para o controle manual das marchas, mas as funções de dirigibilidade e segurança são as mesmas ou até melhor.

Posição 3, é usado para "cortar" a sobre marcha (over drive, O/D) ou a quarta marcha, nessa condição as marchas de 1 a 3 serão controladas automaticamente e 4a. marcha não será engatada. Em alguns modelos não tem a posição 3, essa função é feita por um botão, chamado O/D.

Posição 2, nessa posição somente as marchas 1 e 2 serão controladas automaticamente, as marchas 2 e 3 não serão engatadas. Em alguns veículos a posição 2 engata a segunda marcha, fazendo com que o veículo saia em 2a. (por exemplo no Honda), isso serve para andar em terrenos escorregadios. (Há veículos, que essa função é feita por um botão, quando é acionado ele engata a segunda marcha).

Posição 1, aqui somente a primeira marcha estará engatada, nessa condição a transmissão se prepara para fazer força, em alguns casos a pressão de óleo sobe e em outros uma embreagem auxiliar é engatada. Então deve ser usada para subidas fortes com muita carga.

As posições 1, 2, e 3 tem também uma função muito importante, a de freio motor, sempre que se inicia uma descida, como uma serra por exemplo, deve-se utilizar a posição de alavanca adequada para garantir a velocidade compatível e a utilização segura dos freios. Há casos em que o motorista inicia a descida da serra de Santos em D e quando chega lá em baixo esta sem freio, devido ao aquecimento provocado pela utilização.

Em algumas alavancas há um botão, normalmente com um "S" marcado. Serve para mudar o modo de dirigir para esporte, o "S" é de "sporting". Nessa condição a troca das marchas será atrasada fazendo com que motor "encha" mais.

Castilho.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Luz ABS e Freio acesa no painel de instrumentos!!!

Quando acende uma no painel de instrumentos do seu carro, que você faz?


Eu aconselho, sempre que acender alguma luz no painel de instrumentos, que o veículo deve ser levado imediatamente a oficina. E ainda você deve ficar atento, pois algumas luzes indicam situações de emergência, sendo que o veículo nem deve ou pode ser usado, pois há riscos de acidentes ou graves danos aos sistemas do veículo.

Normalmente os significados destas luzes estão nos manuais, mas eu gostaria de ressaltar algumas delas:

Esse simbolo indica problemas com freio
Luz de freio. Existem várias variações dependendo o modelo do carro, mas acho que a mais importante é a que adverte em relação ao fluido de freio, seja quanto ao nível ou quanto a pressão.
O importante é saber que sempre que essa luz acende, há problemas com o sistema de freio. O que mais eu vejo na oficina é que as pessoas diante dessa advertência, verificam o nível de fluido no reservatório e o completam, achando que isso é normal. Não é normal, o fluido de freio nunca baixa o nível sem que haja algum problema.

O que acontece na maioria dos carros, (verifique o seu se é assim), é que no reservatório de fluido de freio existe um sensor de nível, uma bóia, a grosso modo falando, que vai "mandar acender essa lâmpada" quando o nível de fluido baixar além de um limite de segurança. Isso pode ocorrer quando há vazamentos e quando o desgaste da pastilha de freio atingiu o limite máximo. Isso mesmo, quando a pastilha de freio desgasta, os êmbolos das pinças de freio se deslocam para compensar e o fluido de freio vai tomando o espaço, baixando o nível no reservatório. Portanto você pode completar o nível do fluido, mas quando esta luz acende você deve procurar imediatamente o mecânico, pois vazamentos são comuns e muito perigosos no sistema de freio assim como pastilhas de freio gastas.

Lembro, que há sistemas de embreagens acionadas hidraulicamente, usando o mesmo fluido do sistema de freio, que também devem ser verificados para casos de vazamentos.


Esse simbolo indica problemas com ABS
 ABS. Nos dias de hoje, com carros capazes de atingir altas velocidades rapidamente, com uma enormidade de coisas que distraem os motoristas, com um transito cada vez mais competitivo, carregado, a coisa mais comum é o motorista ser surpreendido com a "aparição" de um obstáculo a frente. É um carro, uma moto, um pedestre, que aparece do nada, sem falar de buracos e outras coisas. Isso faz do Sistema de ABS um dos itens mais importantes para quem quer dirigir com segurança. Alias não se deveria dirigir sem segurança.

O ABS permite que o motorista desvie e freio rapidamente ao mesmo tempo. Com o ABS as rodas não travam, não arrasta pneu, possibilitando que a tragetória do carro mude, o que não acontece quando o pneu esta arrastando. Além disso a distancia percorrida durante a frenagem é muito menor com o ABS.


Quando a luz de advertência do ABS acende você continuara conseguindo frear o veículo, porém em uma distância maior e sem possibilidade de desviar. Isso pode significar muito em uma situação de perigo.


ABS não é luxo, é segurança e a advertência de defeito nesse sistema não pode ser ignorada, principalmente por quem já "acostumou" com esse sistema, pois a diferença de frear com e sem ABS é muito grande e um motorista habituado com o ABS pode ser surpreendido com a reação de seu carro em uma situação de perigo.

Um abraço a todos!
Participe!


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Lavar ou não lavar o motor do carro (cuidado com a injeção eletrônica)

Afinal, pode ou não lavar o motor do carro?




Ai esta um assunto que causa uma certa polemica, na oficina, sempre aparece alguém que depois de lavar o motor do carro, passou a ter uma falha ou motor nem pegou mais.

Na Akikar Auto Mecânica, nós lavamos, ou como falamos aqui, limpamos os motores dos carros, não de todos, só daqueles que for necessário, por estarem muito sujos ou por razão do serviço que será executado. Mas, aos meus clientes, digo para não lavar o motor, nem em casa e nem em lava-rapidos ou postos de gasolina.


Essa é uma tarefa que não pode mais ser feita facilmente, sem riscos, são necessários alguns conhecimentos, como identificar os componentes do motor, a função de cada um, se podem molhar, receber produtos de limpeza e quais produtos.


A limpeza de um motor sempre foi arriscada e devido a grande variedade de componentes eletrônicos, nos carros atuais, é assunto para profissionais.

O modelo da foto ao lado foi o primeiro carro, que me lembro, que trouxe o modulo de injeção no compartimento do motor, o Fiat Tipo, e foi também o primeiro a dar prejuízo aos lavadores de carros, pois entrava água e outros produtos que eles usam, dentro do módulo da injeção, causando danos muitas vezes irreparáveis.


Nos modelos mais atuais, há uma tendência para os motores terem coberturas protetoras. Essas coberturas tornam o visual do motor mais atraente e entre outras coisas, protegem peças e conectores eletrônicos e ajudam no arrefecimento contribuindo para um melhor fluxo de ar.

Lavar o motor pode causar danos na hora ou no futuro, no alternador, motor de partida, bobina de ignição e componentes eletrônicos. Além dos danos que os componentes químicos, como solventes e ácidos causam nas mangueiras, borrachas de coxins, cabos de velas e fios dos chicotes elétricos.

Então, os motores podem ser lavados, em alguns casos é até necessário, mas ao fazer tem certos cuidados a serem tomados. Lembre-se que o motor pode funcionar perfeitamente sujo, não há nenhuma necessidade que ele esteja brilhando pra funcionar.


Há até quem diga, que aquela sujeira que fica colada no motor ajuda na conservação. Mas não é bem assim, pois se for óleo, é necessário encontrar o vazamento e corrigir, pois a sujeira de óleo vai danificar mangueiras e borrachas entre outras peças. Além disso, esse óleo vazando vai atingir o solo e se tornar um agressor do meio ambiente muito perigoso.

Você já observou nos estacionamentos dos shoppings e supermercados, as manchas de óleo que os carros deixam lá?

Um abraço a todos!

Castilho

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Regulagem da Injeção Eletrônica


É comum um cliente entrar na Akikar e pedir para regular a marcha lenta, porque “ta um pouco acelerada”, ou “esta variando”, ou ainda, “esta morrendo quando para no farol” (semáforo). Muitos pedem para dar só uma “reguladinha no parafuso” e outros já chegam perguntando se eu tenho a chave (ferramenta) para regular a marcha lenta.


                   
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Acontece que são carros equipados com injeção eletrônica de combustível, e nenhum deles permite regulagem da marcha lenta por ação de parafusos, calços ou outra coisa, como se fazia antigamente no carburador.

A injeção eletrônica veio para substituir o carburador em razão da necessidade do melhor aproveitamento do combustível tanto para diminuir o consumo como, principalmente, para diminuir as emissões de poluentes. É um sistema composto por sensores, atuadores e por uma Unidade de Comando (UC), responsável por todo o gerenciamento.

Basicamente a UC processa os sinais enviados pelos sensores e modifica a estado dos atuadores, para manter o motor em marcha lenta e controlá-lo em qualquer condição de carga, conforme a aceleração que o motorista impõe, dando a sensação de controle total sobre a potencia (carro com injeção tem
melhor dirigibilidade).

A UC também controla, a ignição e a bomba de combustível (liga e desliga), além de se comunicar e interagir com outras unidades de comando, como a do câmbio automático, a do ABS, a do ar condicionado ou climatizador, entre outras. Em alguns modelos de carros a UC da injeção controla também o câmbio automático, é chamado de Powertrain.


Sendo assim todos os sensores e atuadores são importantes, mas o atuador da marcha lenta, que eu quero destacar, como o nome já diz, é o que a UC vai usar para controlar a marcha lenta. Pode ser de vários modelos, motor de passo, solenoide, ou um rele, mas basicamente o modo de atuar sobre a marcha lenta é sempre o mesmo.

A UC abre ou fecha uma passagem de ar (adicional) para dentro do motor, conforme a necessidade, para aumentar a rotação da marcha lenta abre a passagem, se for para baixar, diminui a passagem. Se fechar totalmente o motor morre, pois ficara sem ar, ou seja, pela borboleta não passa ar suficiente para a marcha lenta.


Na foto, dois dos modelos de atuadores mais usados, o de baixo é o famoso Motor de Passo, com aplicação em várias linhas. O de cima é usado na linha Ford, chamado apenas de Atuador de Marcha Lenta, funciona com um solenoide, que pulsa em ciclos para controlar a passagem de ar.

O motorista não tem controle sobre esse ar, o motorista só consegue controlar o ar que passa pela borboleta, através do pedal do acelerador.


Quando o motorista tira o pé do pedal do acelerador, a borboleta fecha totalmente impedindo a entrada de ar e o motor entra em regime de marcha lenta. Nesse momento o ar necessário para a queima do combustível só poderá passar pelo atuador de marcha lenta e o controle passa totalmente para a UC.


Ao fechar, a borboleta encosta através de mecanismos próprios como alavancas e eixos em um batente, normalmente um parafuso, que é regulado na fábrica para adequar os parâmetros programados na UC às diferenças de fabricação de cada peça do motor e seus componentes, visto que são fabricadas dentro de certa tolerância em suas medidas e nunca são exatamente iguais umas as outras.


Este parafuso é lacrado na posição ideal e qualquer “regulagem” vai alterar a quantidade de ar que passa pela borboleta, a UC vai mudar a posição do atuador da marcha lenta e pode até parecer que corrigiu o defeito, mas na verdade o motor começou a trabalhar totalmente errado.

No mínimo, aumentando o consumo de combustível e as emissões de poluentes, em médio prazo outras peças podem ser danificadas, como o catalisador e o atuador de marcha lenta, por exemplo.

É por isso que quando você chega na Akikar e pede para eu “regular” a marcha lenta ou a injeção, eu respondo que não. Se há alteração na marcha lenta, pode ser sujeira nos bicos, borboleta ou falha de funcionamento em algum componente e a correção depende de procedimentos corretos de diagnósticos e reparos.

Abraços,


(Há sistemas que parecem ter regulagem, como os VW ou Audi, porém aquele procedimento que se faz com o scanner é na verdade uma retomada de valores pré-definidos, justamente para voltar a borboleta nos padrões regulados de fábrica, visto que este sistemas são autoadaptativos.)

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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sonda Lambda

Novos clientes tem procurado a Akikar com defeitos na injeção eletrônica. Suas histórias passam por diagnósticos errados e principalmente pela troca da sonda lambda, sem necessidade. É um engano comum, embora esta peça possa dar defeito ou ser afetada por algum defeito, normalmente ela não é a causa do defeito.



A sonda lambda tem a função de enviar sinais elétricos à unidade de comando da injeção, variáveis, conforme a presença de oxigênio nos gases do escapamento. Esses sinais são usados para correções da quantidade de combustível que é injetado. Se o sinal indicar muito oxigênio, a mistura esta pobre e a quantidade de combustível aumenta. Se o sinal indicar pouco oxigênio, a quantidade de combustível diminui, pois é indicação de mistura rica. A correção é feita instantaneamente, contribuindo para diminuir a emissão de poluentes e o consumo de combustível.

Mas se, um defeito em outro componente ocorrer, a mistura de ar/combustível pode ser alterada, conseqüentemente a quantidade de oxigênio no escapamento também. A sonda vai informar e imediatamente a unidade de comando fará uma correção, que não surtira efeito, visto que a causa da variação de oxigênio não vem de calculo errado da quantidade de combustível. Isso vai se repetir muitas vezes, até que a unidade ignore os sinais da sonda, considerando que ela esta com defeito, pois os sinais continuam chegando com grande alteração em relação ao esperado, mesmo após várias correções. Neste ponto a unidade assume valores pré-programados e grava um código de defeito em uma memória, para ser usado pelo mecânico na hora da reparação. Ai entra o tal scanner, aparelho que fará leitura dos códigos de defeitos, muitos já devem ter visto aqui na Akikar.

(ao assumir valores pré-programados para a sonda, o defeito não é eliminado e o motor continuara trabalhando com defeito e o resultado pode ser desastroso).

Neste momento o mecânico pode optar pela troca da sonda, principalmente se não tiver nenhum outro código gravado. Isto é um erro, é melhor fazer uma revisão completa e investigar todo o sistema, seguindo um procedimento. A sonda pode ter sido afetada, por exemplo, pode estar carbonizada por excesso de combustível, ou pode ter chegado ao fim de sua vida útil, mas provavelmente não é a causa do defeito.

A vida útil da sonda lambda esta entre 60.000 e 80.000 Km, mas um carro com muitos anos e poucos quilômetros rodado, também já pode ter uma sonda defeituosa, por vários fatores.

A troca da sonda lambda, assim como a de qualquer componente, principalmente de sistemas empregados nos carros mais modernos, tem que ter justificativas técnicas, após procedimentos adequados de diagnósticos. Não dá pra trocar só “passando o aparelho”, como é comum por ai.

Um abraço a todos

Castilho
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Câmbio Automático







Câmbio automático

Há 20 anos o carro do brasileiro médio tinha 2 portas, com linhas quadradas e acionamentos manuais. Não tinha direção hidráulica e nem ar condicionado. Embora o mercado oferecesse modelos com todos os opcionais e com 4 portas, não se comprava um destes a menos que fosse para casar, pois você nunca mais conseguiria vendê-lo.


Os com 2 portas eram preferidos, pois em um eventual conserto de funilaria ficava mais barato. Direção hidráulica e acionamentos elétricos, de vidros e travas, quando quebravam não podiam ser consertados facilmente, não havia mecânicos e os preços eram altos. Ar condicionado, mesma coisa, além de ser considerado um vilão para o consumo de combustível e desempenho.


Foi uma grande mudança até nossas carroças atuais. Agora vivemos a mesma coisa para itens como ABS, ar bag, controle de tração e o meu item favorito, cambio automático.


Por enquanto, ainda é visto com alguma desconfiança, mas carros com câmbio automático, serão maioria dentro de uns 8 anos ou menos. Aos poucos ótimos modelos estão entrando no mercado e quebrando padrões, fazendo com que consumidores considerem o câmbio automático, seja pelo conforto, saúde, segurança e por que não, pelo status.


Nos modelos mais caros já é maioria e quase não se vende carro sem o câmbio automático, mas a grande mudança vira com a introdução nos modelos mais baratos e nos nacionais, já há alguns no mercado, mas ainda são poucos.


Além disso, a grande quantidade de eletrônica e necessidade cada vez maior de controlar o carro, minimizando erros do motorista, seja para diminuir as emissões de poluentes, seja para proporcionar uma direção mais segura e confortável, irá exigir carros com câmbio automático. Mas isso é para outro post...

Castilho (e –mail duvidas & sugestões)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fuja do Quebra Galho


Um cliente que trabalha na cidade de São Paulo e anda diariamente pela Via Anchieta, Vergueiro, Avenida dos Bandeirantes e Marginais, me falou sobre um fato que eu já havia notado, quando vou ao centro de São Paulo comprar peças: O aumento na quantidade de carros quebrados parados pelas ruas.



Concordamos que boa parte dos congestionamentos e lentidão do transito são provocados por estes carros quebrados, tanto que a CET tem um esquema para tirá-los o mais rápido possível das ruas movimentadas para ruas menos importantes.



E eles sempre quebram em pontos de estrangulamentos, subidas, acessos a viadutos ou grandes avenidas, aproximação de semáforos e lugares com grandes quantidades de veículos. O que já é complicado, fica muito pior com um carro quebrado impedindo a passagem.


Outra constatação é que são carros aparentemente bem conservados, considerados novos para o padrão brasileiro, com uma boa quantidade de eletrônica, injeção de combustível, freios ABS, etc.


Acho que o segredo e a solução é Manutenção Preventiva.

Economia, segurança, confiabilidade e valorização, são algumas das vantagens de fazer revisão periodicamente no veículo. 


As autoridades de transito já perceberam isso e a toda hora lançam alguma campanha nesse sentido. Sem contar um projeto de lei que tornara obrigatório uma vistoria veicular para poder licenciar o veículo, faz uns 12 anos que eu venho ouvindo sobre isto.

É muito importante, também, a conscientização dos Mecânicos Profissionais e principalmente dos proprietários de veículos, para não fazer ou permitir que se faça o quebra galho.Quebra galho, são consertos provisórios que dão uma falsa sensação de segurança.


Mas por que fazem o quebra galho? Devido ao custo, pois, passam anos sem fazer nenhuma manutenção preventiva e quando quebra alguma coisa, o reparo completo com peças novas acaba ficando muito caro. Então pedem que seja feito reparo provisório, só para o carro andar, com peças usadas ou recuperadas. 


Daí a importância da manutenção preventiva periódica. Os custos são muito menores, além de ser possível um planejamento. Quando se adquire um carro, não se deve pensar só no seu preço de compra, há de se pensar também nos custos da manutenção e planejar junto a um bom Mecânico Profissional, após uma revisão inicial e conforme a utilização deste carro, um bom plano de manutenção.


Eu costumo dizer que quem quebra galho é macaco mau treinado, pois macaco especialista não quebra galho, pula certinho, seja gordo ou magro.


Castilho





terça-feira, 28 de outubro de 2008

Correia Dentada

Há 10 anos atrás eu recebia em minha oficina cerca de 30 veículos/mês com a correia dentada quebrada. Hoje, somente uns 10 por ano.

Essa redução se deveu a conscientização de mecânicos e proprietários que a manutenção preventiva é mais vantajosa. A correia dentada é uma peça muito importante e sua quebra resulta na parada imediata do motor e danifica outros itens, o que faz com que o conserto chegue a valores bem altos, de R$ 1.500,00 a R$ 4.000,00 dependendo do modelo do motor. Enquanto que a troca da correia, preventivamente, fica em torno de R$ 250,00 a R$ 1.500,00.

Por isso sugerimos que ao comprar um carro, ou desconhecendo o estado da correia dentada, você já mande trocar. E a partir daí mantenha uma rotina de manutenção preventiva: A cada 10.000 ou 15.000 Km, inspecionar e regular a tensão (para os casos onde se aplica) e a cada 40.000 Km, trocar preventivamente.

Chamo a atenção para os rolamentos tensores e de apoio que devem ser trocados e inspecionados, pois se falharem ou quebrarem o risco é o mesmo da quebra da correia dentada. Além disso, vale algumas dicas:

Barulhos vindo do motor, principalmente da região das correias devem ser verificados imediatamente.


Se o motor não pegar, não tente dar trancos. 
Não lave o motor, para que a água suja e produtos de limpeza não contaminem a correia dentada e os rolamentos.

Vazamentos de óleo na região da correia dentada podem contaminá-la, caso isso ocorra, corrija o vazamento e troque a correia.

Verifique as proteções da correia dentada, não deixe nenhuma faltando e troque as quebradas e trincadas.

Nos veículos onde a bomba d'água é acionada pela correia dentada, em caso de troca da bomba a correia também deve ser trocada e uma especial atenção deve ser dada a regulagem da tensão.

E principalmente, em caso de dúvida procure ajuda de um mecânico profissional.


Câmbio automático


sábado, 18 de outubro de 2008

A Akikar Auto Mecânica



Câmbio automático


A Akikar Auto Mecânica tem equipamentos e ferramentas de última geração, atua no mercado há mais de 20 anos, é altamente especializada, ...blá, blá, blá... Chega disso.


Obvio que temos tudo que precisa. Como eu poderia vir aqui propor consertar seu carro sem os equipamentos e ferramentas necessárias, depois de mais de vinte anos trabalhando? Não dá né?

O que a Akikar tem de mais importante são pessoas, seus profissionais e você. Nós não atendemos carros, atendemos gente que tem carro.

Ter experiência na vida e na oficina, conhecimento técnico e principalmente ser apaixonado por mecânica automotiva são nossos "diferenciais".

Valorizar o trabalho, a ética, a dedicação, a lealdade, o conhecimento, a honestidade, é nossa estratégia.

A Akikar não quer ser a maior oficina mecânica do mundo.

A Akikar quer ser a melhor oficina mecânica do mundo que trabalha por você.

Um grande abraço.

Castilho

Passando "compressão" do motor para o radiador

Quando o motor está em funcionamento, ou tentando entrar em funcionamento, durante a partida, o pistão comprimi a mistura de ar/combustível ...